Viagens
Hoje saio um pouco da norma e dos temas mais duros e difíceis de engolir para algo mais prazeroso e de lazer. Hoje venho contar-vos um pouco sobre algo que é uma obrigatoriedade na minha vida e uma presença constante: viagens. É uma das formas que temos de conhecer e explorar novos locais, quer seja ao redor de nossa casa, ao largo do nosso país ou algures pelo mundo até. Viajar é a experiência mais enriquecedora, de um modo geral, que conheço. É a hipótese de nos envolvermos nas culturas locais, de experimentar, de sentir, de apreciar aquilo que é um costume diferente do habitual.
· Planeamento vs Improviso
· Propósito de viagem
· Importãncia de viajar
Planeamento vs Improviso
Todos iguais e todos tão diferentes e únicos que somos. Claro que, como em qualquer outra coisa, viajar também é uma experiência completamente diferente de pessoa para pessoa. Os locais a visitar, o tipo de sítios a frequentar, os alojamentos, a preferência de refeições, o orçamento… Existem bastantes fatores a ter em conta, quer para fazer a viagem propriamente dita quer para a organizar. Quando estabelecemos toda a questão logística e financeira, resta determinar o destino (que pode ou não ser feito antes de tudo. Mais uma vez, cada qual com a sua vontade). E aqui entram os dois tipos de viajantes onde conseguimos, de uma forma ou outra, encaixar todas as pessoas: os viajantes organizados (que planeiam com antecedência toda a sua estadia, os pontos a visitar. Determinam um roteiro. Estabelecem um calendário de locais importantes, quanto tempo a passar em cada um com base no tempo total da estadia. Onde almoçar, onde jantar, reservas feitas. Bilhetes de entradas reservados. Tudo tratado de antemão). E do outro lado, os viajantes de improviso (escolhem o destino e vão. A viagem desenrola-se e flui por si própria).
E claro, existe um misto. Que acredito ser o melhor. Todos nós temos um dos lados com o qual nos identificamos mais e acabamos a querer exagerar esse lado e a ser apenas isso. No entanto, é importante tirar o proveito necessário da parte que somos bons, seja a incerteza da fluência ou a certeza do planeamento e deixar que algumas partes da viagem corram da forma que não estamos tão confortáveis com. Como comecei por dizer, viajar é uma das experiências mais enriquecedoras que podemos ter na vida. E se lhe adicionarmos a dose certa de desafio, atingimos o máximo potencial de aproveitamento dessa experiência.
Propósito da viagem
Neste segundo tópico,vou focar-me naquilo que eu faço. Partilhar com vocês um pouco da minha experiência enquanto viajante e como diferentes viagens têm diferentes propósitos. Em primeiro lugar, há que perceber como queremos fazer a viagem: Vai ser como parte de um grupo? É um grupo de trabalho ou um grupo de amigos, em lazer? Vai ser sozinho? Em trabalho ou em lazer? Vai ser em casal? Relativamente à intenção: Vou para aproveitar a noite? Vou para apreciar o tempo e a natureza? Vou a um local culturalmente rico, visitar pontos de interesse?
Depois de responder a estas questões, já temos toda a informação necessária a criar uma intenção e um propósito para a viagem. Eu acredito que, antes de definir sequer fazer uma viagem, convém termos um propósito claro sobre a viagem que desejamos fazer. O propósito de uma viagem pode ser relaxamento, pode ser um retiro, pode ser uma mudança de ambiente, pode ser celebração, pode ser aprendizagem, pode ser exploração cultural… Existem variadas hipóteses, estes são os meus propósitos para a maioria das viagens que faço. Estabelecer o propósito é o que mais nos vai ajudar sobre a forma como devemos planear a viagem ou simplesmente deixar a viagem fluir de forma natural. Escrevo esta publicação precisamente em viagem, a algumas centenas de quilómetros de casa, para vos dar uma perspetiva: Esta foi uma viagem de uma semana. Uma viagem de mudança de ambiente. Uma viagem de desafio para me dar um boost nos treinos de corrida. De visita a pessoas muito relevantes e importantes na minha vida (o convívio, com amigos ou estranhos, faz sempre parte de qualquer viagem).
Por norma, quando faço viagens deste género, planeio sempre os locais onde vou ficar. O resto, deixo simplesmente fluir. Não faço ideia do que vou visitar, dos sítios por onde vou passar, onde vou comer… E este é o meu equilíbrio, quando o propósito da viagem é mudar de ambiente durante uns dias. Relativamente ao ponto inicial, quando se trata de planear ou deixar fluir, o meu equilíbrio entre estes aspetos vai ser baseado no meu propósito para a viagem, daí referir este fator, de extrema importância.
Importância de viajar
Neste ponto venho concluir a maior parte daquilo que tenho vindo a tratar ao longo da publicação e também abordar um tema importante. Aliás, dois. Logística e finanças de viagem. Viajar é todo um mundo incrível. E ao ler a publicação até aqui, ficamos a salivar em, no mínimo, ir rever aquelas fotos da viagem que andamos a adiar há tanto tempo. Para depois começarmos a pensar precisamente nisto: dinheiro. Começamos quase de imediato, passando do 80 para o 8, de uma emoção de pura vontade de viajar para nos escondermos atrás de todas as desculpas em que escolhemos acreditar diariamente para não fazer essas mesmas viagens (o tema é agradável e mesmo assim está relacionado com tudo aquilo que temos vindo a falar: decisões e prioridades, por exemplo).
Relativamente à logística, o “não tenho tempo” é a desculpa mais fácil de surgir e de justificar. Por causa do trabalho durante a semana, e depois o final de semana é para descansar e andamos neste ciclo infinitamente. A realidade é que todas as pessoas têm direito a férias e folgas. A tempos festivos, de alguma forma, ao longo do ano. Podemos não conseguir, de alguma forma, cumprir as nossas expetativas de viagens, e isso é toda um outra questão. Qualquer um de nós consegue fazer viagens. Talvez sejam apenas uma ou duas por ano. São viagens. E se forem devidamente aproveitadas, são mais que suficientes. Um fim de semana, muitas vezes, é mais que suficiente para viajar. Pode ser uma viagem mais curta e não deixa ainda assim de ser uma viagem.
Agora, relativamente ao aspeto financeiro. É provavelmente o primeiro pensamento que surge na cabeça da maioria. Porque queremos ir a um determinado local. E depois começamos a pensar no custo da viagem. O alojamento. A alimentação. As lembranças que vamos trazer para a família. Alguma coisa que vamos comprar como um miminho para nós próprios. O dinheiro que vamos gastar em atividades que queremos fazer. Nas visitas aos museus e afins. E começamos a ver uma lista sem fim de custos que preferimos não enfrentar, no final de contas.
Isto remete um pouco para um dos temas do início, neste caso em específico, planeamento financeiro. Quando olhamos para uma viagem, há que entender o tipo de alojamento que queremos. Se esse não é um fator determinante, basta optar pela opção mais barata. Eu deixo de lado muitos aspetos desta forma. Aquilo que não é verdadeiramente importante para mim e que envolve custos, eu foco-me simplesmente em encontrar a opção mais barata possível. Naquilo que considero extremamente importante, foco-me em encontrar algo que satisfaça os meus desejos e necessidades. E quando procuramos com intenção e vontade, acabamos sempre por encontrar algo ou realmente bom ou realmente barato. E em alguns casos, temos até o privilégio de encontrar algo muito bom e barato.
Claro que, nem tudo é assim tão fácil. E é realmente simples. Quando percebemos qual a viagem que desejamos fazer, fazemos um breve planeamento e estudo de apuramento dos aspetos que contam. Como o financeiro e logístico. E depois, é tudo uma questão de desmistificar esses objetivos em passos diários para que a viagem seja feita.
Acredito que aqui todos concordam quando digo e volto a dizer, vezes e vezes sem conta: Viajar é uma das experiências mais enriquecedoras da vida. Desejo que, cada um de vocês, ao vosso ritmo, com a vossa experiência e a vossa vontade, façam as vossas viagens. Não importa se são perto ou longe, importa o impacto que vos causar e o sentimento que vos despertar. Isso é impagável.
Quero deixar-vos o final deste post com aquilo que será o final de todos os posts daqui para a frente, ao longo do ano, para vos lembrar continuamente: Tu és o que tu quiseres ser. Só tu és tu, e esse é o teu super-poder. Cabe-te a ti guardá-lo ou usá-lo.
Gladiadores, este ano promete o mesmo que qualquer outro antes dele e o mesmo que qualquer outro depois: absolutamente nada. Não é o ano, não é o mês, não é a semana, não é o dia, não é a hora, não é o minuto, não é o segundo que define a nossa vida. Somos nós. É cada um de vocês. Vou manter esta linha de pensamento nos posts ao longo do ano e continuar a criar e a entregar-vos conteúdo para que, de alguma forma, vocês consigam pegar nisto e alterar algo. O vosso estado. A vossa condição. As vossas circunstâncias. O mundo atual dá-nos oportunidades a todos os níveis para sermos muito bons em praticamente tudo. E estimula-nos, ao mesmo tempo, a querer tudo “para ontem” e de mão beijada. Um paradoxo contra o qual temos de lutar diariamente. O que se constrói rápido perde-se mais depressa. O que se constrói a um ritmo firme não só vale a pena como também tem uma base para durar gerações. Um legado desenvolve-se assim. Deixem cá algo que possa viver depois da vossa vida e que carregue a vossa essência por gerações e gerações.