Resoluções de Ano Novo

Daniel Covas
4 min readMar 20, 2023

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Venho bem fora de prazo. E, após um fim de semana extremamente rico, venho beneficiar-vos com os frutos dele, com duas publicações esta semana.

  • O que são resoluções?
  • Porque falham?
  • Como as usar?
  • A importância do progresso contínuo vs a motivação momentânea
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Resoluções

Bem, resolução é sobre resolver. Sobre a solução. O ato de fazer de novo. De fazer melhor. De fazer diferente. No entanto, enquanto palavra, não me soa muito forte. E o espírito não se engana na energia das palavras.
Estava eu, no sábado à noite, a fazer uns rabiscos de ideias, às 3h da manhã (sim, estava a pensar em ti, que ias ler esta publicação, para te entregar o meu melhor conteúdo), e eis o que me surgiu:

(Re)solução — É uma ação que funciona como um penso rápido. Onde tratamos o sintoma, não a origem do problema.

Esta definição agradou-me. Porque é precisamente o que fazemos com resoluções. Usamos, não propriamente para “ressolucionar” e sim para “reproblematizar”. Quando as criamos, é um mundo cor de rosa. Quando entramos na frustração de não as atingir, criamos um novo problema. O primeiro, é um momento. O segundo, é um período de tempo que se arrasta demasiado.

A falha das resoluções

Em primeiro lugar, quando ouvimos falar em resoluções, associamos diretamente à passagem de ano e à famosa expressão que se disseminou ao longo dos tempos, sobre o “novo ano, novo eu”. Tudo aqui começa por assentar em premissas pouco fundamentadas. Porque escrevemos aquilo que desejamos num estado de felicidade que não dispomos no dia a dia. O sentimento que se gera não é transferível para o resto do ano, por estar associado à época. Assim, demonstramo-nos incapazes de assumir como uma decisão verdadeiramente importante. O que acaba por acontecer é esquecermo-nos por completo do que dissemos que íamos fazer, quando voltamos à realidade. Ou pior, deparamo-nos com a frustração de permitir a vida continuar a vencer e caímos no abismo do “eu disse que ia fazer aquilo e afinal não consigo. Mais um ano igual”.
Este sim, é o estado preocupante. Em que não assumimos a responsabilidade pela decisão, pela vida, e deixamos que tudo corra. Aliás, pior. Deixamos que o nosso estado emocional descarrile, pela culpa que assumimos em não fazermos o que acreditamos que deviamos estar a fazer. Esse é o verdadeiro problema das resoluções.

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Como as usar?

Apesar de até aqui ter estado a “pintar” as resoluções com um conotação negativa, tal como tudo no Universo, há algo de positivo a retirar e algo que podemos, efetivamente, usar. No que toca a este tema, é dar o tempo necessário. Para comprovarmos, em primeiro lugar, se as nossas resoluções estão alinhadas com os nossos objetivos, temos de nos questionar (normalmente na primeira semana do ano. No entanto, ainda vão a tempo de fazer isto) o quanto quero aquilo que disse que queria?
Passas o dia a pensar nisso? Incomoda-te não estares a trabalhar para o alcançar?

Bem, se a resposta é afirmativa, e vamos partir deste pressuposto (porque se não for, descartas as resoluções, porque não te servem. O que te ofereçam foi o conhecimento daquilo que não queres), tens de, em primeiro, assumir uma decisão verdadeiramente comprometida. De que é o que queres e que vais fazer e usar tudo ao teu dispor para alcançar tal coisa. Aqui, é o passo em que começas a construir o teu plano de ação. A entender os teus motivos, o teu propósito. Onde percebes a importância da nova pessoa, em quem te vais tornar, na jornada rumo aos teus objetivos.

Progresso Contínuo VS Motivação Momentânea

Este é o tópico que mais quero deixar claro e onde quero contribuir com o extra. No final do ponto anterior, deixei ali alguns temas que podes encontrar ao longo do blog e que vão surgir, certamente, em publicações futuras.
Vou deixar-te agora aqui, por palavras, na melhor das minhas capacidades, um resumo do que foi o meu dia de sábado:

Sobretudo, foi um encontro. Teve as dinâmicas de um evento de desenvolvimento pessoal, uma parte do impacto que esse tipo de eventos causa. Sobretudo, foi sobre conexão. Sobre ligações. Sobre expandir horizontes, ressignificar e ver mais além do que acreditamos que somos capazes.

Sonha acima daquilo que acreditas possível!

Conviver com um grupo de pessoas alinhadas, que procuram o crescimento. Que, à sua própria forma, permitem-se ser o seu melhor, apesar de todos os desafios que a vida lhes coloca no caminho. Pessoas incríveis. Pessoas absolutamente L-E-N-D-Á-R-I-A-S!, a quem tenho o prazer de chamar de amigos e tratar como família.

Não descurem o que alguém vos pode oferecer. Não adormeçam no potencial que têm de inspirar a próxima pessoa que passar na rua, com um simples sorriso. Sobretudo, assumam quem são. O que fazem bem. O que precisam melhorar. De que forma podem contribuir para um mundo melhor, mesmo que esse mundo sejam apenas as 5 pessoas mais perto de vocês.

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Daniel Covas
Daniel Covas

Written by Daniel Covas

Mental Coach, Behaviour Analyst, Digital Strategist. Beat the Mind Founder. https://www.instagram.com/danny_covas/

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