Organização, Metodologia e Otimização de Trabalho, parte 2
Chegamos hoje, não só ao final deste tema, mas ao final deste ciclo de temáticas que me propus a entregar-vos aqui. A segunda publicação do conceito final, que surge em complemento à anterior. Hoje quero deixar-vos com dois pontos importantes:
· O efeito destes conceitos a nível individual e coletivo, compound effect
· Porquê melhorar o trabalho?
Efeito a nível individual
A nível individual é simples de demonstrar aquilo que estes conceitos provocam, a nível de evolução e melhorias, especialmente olhando para a publicação anterior, onde tudo está detalhado. Em especial, o que estes conceitos nos vão adicionar, em primeiro lugar é autorrealização. Em segundo, é uma autoestima e uma autoimagem que irradia e se reflete em todos à nossa volta. Ser organizado, ser metódico, ser otimizador é uma decisão que poucos tomam, perante a totalidade dos conceitos. Há quem seja organizado apenas. Quem seja organizado e metódico, sem otimizar. Existem indivíduos também que são excelentes optimizadores, sem qualquer método ou organização. E depois há ainda quem organize com um bom método, sem organização ou quem otimize de forma organizada, sem método.
É bastante mais fácil trabalhar apenas um ou dois conceitos do que é conciliar os três. Porque vão existir conflitos. O melhor método pode não ser o mais organizados em raros casos. Noutros, a otimização vai ser altamente organizada, sem um método definido de execução. São casos pontuais que põem à prova quem assume a totalidade destas qualidades. Por outro lado, o trabalho que resulta apenas do foco em dois dos três conceitos nunca irá atingir a plenitude do potencial que possui.
Efeito a nível coletivo
A organização de uma comunidade é algo mais desafiante de atingir, pois temos mais variáveis em jogo. No caso, mais pessoas. E como os únicos capazes de controlar pessoas são as próprias pessoas, tem de haver um entendimento comum para que se atinja um nível de organização comum. O mesmo no que toca ao método e à otimização. Cada indivíduo terá uma mais valia para entregar ao grupo. Uma pessoa será sempre melhor numa das áreas em específico, mesmo sendo relativamente boa em todas. E desta forma, a evolução consegue atingir-se mais rápida, mais eficazmente e melhor. Essa é a especial e brilhante vantagem do trabalho em equipa.
Quando se trata de atingir um objetivo coletivo, uma equipa tem de ser como um relógio suíço. Cada peça a desempenhar a sua função, à sua medida. A explorar o seu máximo potencial a um ritmo constante. Como é sabido, a força de um grupo é igual ao seu elo mais fraco. Ainda que todos possam trabalhar afincadamente, teremos sempre uma presença com menos vontade, com menos empenho. É da responsabilidade dos restantes colocarem esse indivíduo no nível de performance desejado e que o próprio merece, por estar incluído no grupo de trabalho. Quando não existem condições de manutenção, tem de haver uma quebra. Porque uma outra frase, um pouco mais dura, é também verdade. “Elevação requer separação.” A realidade é que todos temos a capacidade de ir mais além, mas não a possuímos todos no mesmo intervalo de tempo. Alguns desenvolvem-na mais cedo, outros mais tarde. A lei da vida dita que cada um deve ser o seu melhor a cada momento, perante o seu foco do momento e a visão do futuro. Cada um é livre e responsável de escolher o que isso é para si próprio e isso implica rodear-se de um certo grupo de pessoas, de libertar-se de outras ou até de manter um pequeno círculo perto e trabalhar maioritariamente sozinho. Tudo o que nos fizer feliz e for de encontro ao nosso potencial máximo é válido. Desde que enfretemos a nossa realidade de frente e tiremos o máximo proveito de todas as lições que cruzam o nosso caminho.
Porquê melhorar o nosso trabalho?
Sempre que atingimos um certo patamar na vida, um plateau, relaxamos um pouco, sentimo-nos felizes e realizados por mais uma etapa da nossa vida. E a pergunta que surge depois é: porquê continuar? Se já cheguei até aqui, vou agora apreciar ao máximo o que tenho.
A realidade é que a vida é uma máquina de recompensas bem exigente. Ela dá-nos tudo a mais quando estamos a trabalhar no caminho certo e tira-nos tudo cruelmente quando paramos de trabalhar. Isto porque a vida não é uma constante, mas sim uma montanha-russa. Uma série de altos e baixos sem fim. Em que após cada momento baixo, vem um momento bem mais alto. Depois outro bem baixo, que nos leva ainda mais acima. Parar é morrer, dizem. É bem real isso. Porque sempre que paramos, vamos regressar precisamente ao ponto de partida. Alcançar algo é incrível e devemos realmente apreciar e celebrar isso. No entanto, não podemos nunca parar de seguir o caminho, ou rapidamente vamos estar de volta onde começámos.
Na vida, sempre que vamos ao fundo das questões, mesmo das mais existenciais, para lá de todas as nossas emoções e tudo mais, toda e cada decisão é binária. Claro que cada um de nós decide para si próprio o que é certo e errado. Eu vou acreditar que, se estás a ler esta publicação e chegaste até aqui, temos uma verdade em comum: acreditamos no crescimento contínuo, no reforço positivo, na felicidade, no sucesso e na abundância. Essas coisas podem ter significados diferentes para mim e para ti, e o mais importante é aquilo em que acreditamos. Porque é nisso que as nossas decisões se baseiam. Na verdade. Na nossa verdade. Não acredito em verdades absolutas, naquilo que toca a decisões humanas (tudo o que está para lá dos factos científicos irrefutáveis), mas acredito em verdades comuns. Concluo esta história a respoder efetivamente à pergunta. Escolhe melhorar o teu trabalho, segundo a tua verdade. Isso é o que te vai permitir ser feliz e atingir a tua vida de sonho. Não tem a ver com o teu trabalho, tem a ver com o partido que tiras daquilo que fazes. Trabalho pessoal, trabalho profissional, trabalho social, trabalho voluntário. Dá o máximo de ti e entrega tudo aquilo que ès no mínimo que fizeres e vais ser uma pessoa eternamente feliz e realizada, para lá de tudo aquilo que acontecer à tua volta.