Opinião
Esta publicação de hoje é como que uma ambiguidade, paradoxo, o que lhe quiserem chamar. É a minha opinião sobre o tema “opinião”. O que promete um texto interessante daqui em diante e em grande, para fecharmos mais uma semana, da melhor maneira. Lembrem-se de que estamos neste momento a terminar a sexta semana do ano. Quase 12% já passou, por incrível que pareça. Coloquem esse número em perspetiva e reflitam. O quanto já fizeram nestes 12% do ano para potenciarem os próximos 88%?
· Definir opiniões
· O que fazer com elas?
· O quão importantes são?
Opiniões
As opiniões são a “moeda” mais barata que existe à face da terra. Especialmente quando são lançadas ao invés de serem requisitadas. As opiniões tal como o nome indica, são apenas e só opiniões. Daí o seu valor ser bastante variável. Especialmente quando são apenas lançadas, sem qualquer tipo de autoridade reconhecida ou apreciada. As opiniões são só e apenas precisamente isso. A definição de opinião é algo como “maneira de pensar; julgamento pessoal”. Ou seja, é um tema que se enquadra com o tema de terça-feira, julgamento. No caso aqui, a opinião, para lá do julgamento, é algo que podemos formular só para nós e que realmente o desafio está em expressar ou não tais opiniões. É uma linha ténue, este tema.
Utilização de opiniões
Que uso devemos dar às opiniões e porque é que elas existem afinal? Vamos, com esta questão, de encontro à maior parte da mensagem que transmito nesta página, que é a unicidade de cada indivíduo, que possui uma perspetiva única no seu núcleo, e que tem uma visão própria do mundo. Aquilo a que chamamos opinião é simplesmente a nossa forma de manifestação desta nossa visão própria do mundo. Pois é através da nossa partilha e confronto de opiniões que abrimos novos horizontes para nós próprios e para outros.
E existe claro, um ponto reverso deste espectro. Que é quando escolhemos usar as nossas opiniões para mais do que expor o nosso ponto de vista, impô-lo. Ou seja, existem pessoas que acham que carregam a verdade universal e que querem ter a razão perante qualquer assunto. E impõem a sua opinião sobre todas as que são divergentes à sua. Obra do ego, claro. E uma inútil utilização da opinião. Nestes momentos, justifica-se a frase com que iniciei o tópico anterior “as opiniões são a moeda mais barata do mundo”.
Importância das opiniões
Neste campo, tal como na maioria das coisas que existem e temos presentes na nossa vida, a importância é tão grande quanto nós decidamos. Apesar de, no mundo em geral, vivermos muitos pela influência da opinião alheia, termos a habilidade de nos desligar disso e viver por quem somos e segundo aquilo em que acreditamos é uma das maiores formas de liberdade que podemos conquistar. Como diz o David Goggins: “Do you, ’cause I’m gonna f***ing do me”. Traduzindo, “Sê tu, porque eu vou fazer por ser eu”. E mais uma vez, as opiniões a que damos importância são as que pedimos às pessoas que valorizamos e as que ouvimos das pessoas com autoridade nos seus respetivos campos. Para além disso, as opiniões têm um valor semelhante a 0.
A nossa mente, por si só, já nos dá trabalho suficiente. Ela está programada para a sobrevivência. E está programada para ganhar. Se decidirmos viver com as opiniões alheias presentes na mente, conscientes ou não, vamos estar a viver para agradar a essa opinião alheia, porque a mente está desenhada para ganhar. E se o software que colocamos lá é o de valorizar a opinião alheia, acontecem duas coisas bastante graves: vivemos para agradar, e esse é um modo de vida insustentável. Pois, como já esclarecemos mais acima, toda a gente vê o mundo de forma diferente, ainda que existam semelhanças. Ou seja, agradar a todos é impossível. Na célebre frase “não se pode agradar a gregos e a troianos”.
A segunda coisa muito grave que acontece ao manter a opinião alheia viva na nossa mente é que nos esquecemos de quem somos realmente, na nossa essência. E acabamos a perder a nossa identidade, aos poucos. Tudo aquilo que vive na nossa mente tem um preço. Uma renda. Deixar a opinião alheia viver na nossa mente é como deixar que estranhos vivam na nossa casa, tomem as nossas decisões e nós pagamos a conta no final do mês. Desta perspetiva, não parece muito satisfatório, certo? E ainda assim é precisamente aquilo que deixamos que aconteça quando permitimos que as opiniões que não pedimos, de pessoas a quem não reconhecemos valor, vivam na nossa mente. Está na hora do despejo. Só vocês devem viver na nossa mente. Vocês, os vossos próprios pensamentos e os ensinamentos de toda a gente que valorizam. Nada alheio. Nas palavras de Jim Rohn: “Mantém-te guarda às portas da tua mente”.
Quero deixar-vos o final deste post com aquilo que será o final de todos os posts daqui para a frente, ao longo do ano, para vos lembrar continuamente: Tu és o que tu quiseres ser. Só tu és tu, e esse é o teu super-poder. Cabe-te a ti guardá-lo ou usá-lo.
Gladiadores, este ano promete o mesmo que qualquer outro antes dele e o mesmo que qualquer outro depois: absolutamente nada. Não é o ano, não é o mês, não é a semana, não é o dia, não é a hora, não é o minuto, não é o segundo que define a nossa vida. Somos nós. É cada um de vocês. Vou manter esta linha de pensamento nos posts ao longo do ano e continuar a criar e a entregar-vos conteúdo para que, de alguma forma, vocês consigam pegar nisto e alterar algo. O vosso estado. A vossa condição. As vossas circunstâncias. O mundo atual dá-nos oportunidades a todos os níveis para sermos muito bons em praticamente tudo. E estimula-nos, ao mesmo tempo, a querer tudo “para ontem” e de mão beijada. Um paradoxo contra o qual temos de lutar diariamente. O que se constrói rápido perde-se mais depressa. O que se constrói a um ritmo firme não só vale a pena como também tem uma base para durar gerações. Um legado desenvolve-se assim. Deixem cá algo que possa viver depois da vossa vida e que carregue a vossa essência por gerações e gerações.