Meditação
Como prometido, aqui fica a publicação de hoje sobre este belo tema: Meditação. Começamos por aqui. Gostava de ter mais conhecimento teórico para vos poder escrever aqui sobre o que é a meditação, mas é algo sobre o qual possuo muito mais conhecimento prático. É uma daquelas atividades em volta das quais acredito que existe demasiado misticismo e pressão. Claro, não é uma atividade fácil, exige uma boa quota do nosso poder. Mas, como qualquer outra coisa, só depois do passo inicial é que compreendemos como podemos executar da melhor forma. Por mais teoria que possamos possuir, é na prática, na ação, que está o sumo.
Em primeiro lugar, deixar aqui desde já e bem claro, que a meditação não se trata do cruzar as pernas, fechar os olhos, fazer sons estranhos e parar de pensar. Estas coisas podem estar ou não envolvidas, mas convém, obviamente, saber o que são, como se usam e qual o significado que têm.
A meditação é, pela minha perspetiva e de forma muito geral, a capacidade de relaxar a nossa mente e de nos focarmos naquilo que é o momento presente. Existem várias formas de fazer isso. Para relaxar a mente, o trabalho com foco na respiração é o passo mais fácil. E os resultados são rápida e facilmente notados. No que toca ao trazer a mente para o presente, a tarefa tem mais desafios. No entanto, após estar mais relaxada, está mais predisposta a seguir a nossa vontade. Assim, ao nos focarmos simplesmente na nossa respiração e, ao longo do tempo, trabalhar em “ignorar” os pensamentos que nos levam ao passado ou para o futuro, conseguimos colocar a nossa mente no momento presente e desfrutar das sensações que estamos a sentir e damos um novo significado à vida. Claro que escrito é tudo muito bonito.
A parte mais desafiante mesmo é a questão de “ignorar” os pensamentos. Existem várias meditações guiadas, quer no Youtube, quer em aplicações na App Store e Play Store, com várias estratégias diferentes que ajudam a conseguirmos atingir este feito. Ignorar os pensamentos não se trata de os evitar ou tentar calcar. Trata-se de reconhecer a sua existência e negar a sua validade, quando entendemos que são meras hipóteses de coisas que nem devem acontecer (ansiedade, que nos coloca a pensar no futuro que está por acontecer) ou então quando pensamos em algo que podíamos ter feito, não ter feito ou feito de forma diferente (frustração, que nos coloca a pensar no passado que já aconteceu).
A realidade é que a única coisa que conseguimos influenciar é e será sempre o momento presente. Daí a importância de mantermos o foco pleno no agora. Mais uma vez e como qualquer outra coisa, é bonito falar sobre um assunto. Depois basta decidir e colocar em prática. Eu escrevo sobre isto porque já pus em prática há muito tempo atrás. Há tempos em que recaio? Sim. Há momentos em que perco o foco do presente? Claro. Mas a prática da meditação permite-me ganhar consciência da minha falha rapidamente e recompor-me de forma eficaz. A paciência de ver os resultados através do processo consistente tem de ser o foco. E, quando derem por vocês, um dia, estão mais presentes. Mais puros. Mais plenos. Mais conectados. Deêm uma chance a esta prática.
