I was hurting alone.
That shit built me different.
Decidi manter como título o mesmo do post da história do Instagram que partilhei neste dia. Realmente tocou-me. Voltou a despertar sentimentos de um passado duro que me trouxe precisamente onde estou hoje. Agora acompanhado de algumas das melhores pessoas que já conheci, inserido numa incrível comunidade de crescimento. Tudo mudou no espaço de sensivelmente três anos. Antes, sentia simplesmente que não pertencia a lado nenhum. Apesar de sempre ter tido amigos e pessoas que me acompanham e admiram as minhas capacidades intelectuais e skills de entretenimento que fui desenvolvendo nos meus tempos livres, continuava a sentir-me perdido e abandonado. Após tempos de luta, sobretudo comigo próprio e com os demónios que viviam na minha cabeça (sobre tudo aquilo que tinha feito, o que podia ter feito diferente, o que não fiz…), encontrei-me. Nesse dia, tudo fez sentido. E a partir daí, comecei a aceitar de uma nova perspectiva e forma tudo aquilo que me acontecia e tudo aquilo que aparecia na minha vida. Solitário, mas nunca mais sozinho. E assim prossegui. Até deixar entrar pessoas na minha vida, a um nível que nunca antes tinha permitido. Para voltar a ser traído e rejeitado ainda mais brutalmente. Ainda assim, encarei esses desafios e saí mais forte do outro lado. Aprendi acima de tudo, que aquilo que recebemos das pessoas é o que elas são, não aquilo que somos para elas. E prossegui. E encontrei pessoas ainda melhores. Que hoje são uma grande fonte de força para mim nos momentos em que nem tudo corre da forma que esperava.
Este foi um desabafo do dia, que me saiu de forma espontânea, e um pouco em estilo de rebelião, revolta e sobretudo, libertação. Foi um dia duro algures a meio do ano de 2021, onde, como todos nós, tive um daqueles dias em que se deu um “clique”. E agora, nesta plataforma, neste novo formato, alio este desabafado ao post a que depois deu origem.
Afastar vs Evoluir
Este é um tema que é específico do meu agrado. Relaciona-se com a opinião que têm de nós. A bem conhecida opinião alheia. Para vocês, mais ávidos leitores deste blog, notaram a minha ausência. Como disse, não estou aqui para me justificar, mas para vos contar um pouco daquilo que foram os últimos tempos, aquilo que tenho sentido e pelo que tenho passado. E claro, integrar isso num tema que vos acrescente algo.
Pegando no primeiro ponto deste título, afastamento. Muitos sentiram isto da minha parte nos últimos tempos. Mas afastar, na prática, significa distanciar, abandonar, seguir um caminho diferente. Acima de tudo, é escolher a rota de fuga. É a escolha do caminho fácil. É a decisão de evitar desafios e negar aquilo que estamos a enfrentar, pela razão que seja. Afastar é sempre a decisão do regresso à vida confortável com a qual estavas tão arduamente a lutar para superar e expandir.
Evoluir, por outro lado, como é também óbvio, significa o espetro oposto. É o abraçar do desconforto, é escolher o caminho difícil. O enfrentar desafios. Aceitar a dor que existe no processo. Porque antes de melhorar, piora sempre. Muitas vezes evoluir exige que nos refugiemos. Que retiremos um tempo. No entanto, se o objectivo permanece o mesmo, se nada muda para além da nossa energia, esse afastamento significa uma coisa apenas: Alinhamento em busca de clareza.
Hoje em dia o mundo tem demasiado ruído. A vida acontece demasiado depressa. Tudo tem de acontecer já e não aceitamos nada menos que o imediato. É por isso que o stress é o novo cancro do século XXI. É o ficar preso em todo e cada estímulo que acontece à nossa volta e perder o rumo daquilo em que realmente queremos manter o foco. A distracção tornou-se, mais do que nunca, o escape número um para fugir a tudo aquilo que desejamos na vida, mas pelo qual não queremos sacrificar nada.