Gestão de Tempo 2.0

Daniel Covas
5 min readDec 10, 2022

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Mais uma semana que passou de forma super rápida. E assim se vai mais um mês. Estamos praticamente em novembro, a sensivelmente 60 dias de terminar o ano de 2021 e com tanto ainda para fazer e conquistar. Um gladiador é feito disso: Do saber que ainda pode fazer muita coisa em 60 dias, para que, chegada a quadra natalícia e a passagem de ano, possa celebrar em grande. “Work Hard, Party Harder”, como o colocam tão celebremente.

Entrando novamente no assunto que venho aqui fechar: Gestão de tempo. Hoje concluo este tema com os seguintes tópicos:

· Metodologias e estratégias para maior eficácia, aproveitamento e uso do tempo.

· Não precisamos de mais tempo, precisamos aprender a usar o tempo que temos.

Métodos e Estratégias

Existem variadíssimas estratégias e métodos, de estudo e trabalho, de forma a fazer o máximo no mínimo tempo possível. Afinal de contas, esse é o propósito da eficácia e a razão lógica por detrás da gestão de tempo: ter mais. Vou descrever os métodos que eu próprio estudei e uso, pois são aqueles que posso comprovar como verdadeiros. Não vou simplesmente largar aqui conteúdo sem qualquer conhecimento de causa. Qualquer um pode pesquisar. O que faz a diferença é o quanto estudamos, através da execução, os métodos, estratégias e ferramentas que encontramos.

A primeira ferramenta que vos quero deixar, fica lado a lado com uma recomendação. Um livro. Os 7 Hábitos de Pessoas Altamente Eficazes, por Stephen R. Covey. Foi precisamente neste livro que conheci esta ferramenta: A matriz do tempo. Esta ferramenta permite-nos ganhar consciência, perante qualquer situação, o quão prioritária ela é. Esta mattriz divide-se em quatro quadrantes. No primeiro quadrante, definimos aquilo que não é importante nem é urgente. O tipo de tarefas que podemos adiar sem qualquer prejuízo. No segundo quadrante, vemos tarefas de elevada importância, que não têm uma grande urgência em ser executadas. O tipo de tarefas que têm de ser planeadas, onde estipulamos uma data para executar a tarefa em questão. No terceiro quadrante, temos as tarefas que são, de igual forma, urgentes e importantes. Estas são as tarefas de maior prioridade, que têm de ser executadas imediatamente. Por fim, no quarto quadrante, temos as tarefas que são urgentes, porém de importância menor. O tipo de tarefas que devemos delegar, de forma a não gastar o nosso tempo de forma desnecessária.

Após ter começado a tomar consciência daquilo que são as minhas prioridades, comecei também a entender que planear a totalidade do meu dia não resultava. Porque estipulava com um detalhe tão minucioso que, a cada minuto do meu dia eu tinha sempre algo a fazer. O que percebi? Que ao planear todo o meu dia não estava a dar espaço às coisas que eu não controlo acontecerem. Ou seja, cada vez que algo exterior a mim acontecia, todo o planeamento do meu dia, dali em diante, estava completamente destronado. Foi aqui que comecei a usar a minha segunda técnica de gestão de tempo, organização de blocos. Isto é, nada mais nada menos que organizar vários períodos horários (blocos) ao longo do dia, para ser produtivo. Assim, se algo fora do meu alcance acontecer, tenho espaço ao longo do dia para me adaptar e tirar o máximo proveito de tudo o que posso fazer. Fácil, não é? É tão simples e básico que está mesmo escarrapachado na nossa cara. E temos de o afastar um pouco para ver de forma clara.

O terceiro e último método que comecei a aplicar, este focado em garantir a máxima produtividade de um tarefa em específico, é o método pomodoro. Este método funciona da seguinte forma: No nosso melhor ambiente de foco, colocamos um temporizador para 25 minutos. Durante esse tempo, nada mais acontece para além de trabalho ultra focado. Quando o temporizador atinge o seu limite, está na hora de uma pausa de 5 minutos. Esta pausa não inclui telemóvel ou distrações. Serve para beber água, esticar as pernas, alongar o corpo. Passados os 5 minutos, de volta ao trabalho. Nova ronda de 25 minutos. Quatro destas séries completam um ciclo. O que representa 100 minutos de trabalho puro. Que, devido ás pausas, produzem um efeito de produtividade superior ao mesmo período de trabalho contínuo.

Não precisamos de mais tempo. Precisamos usar aquele que temos

Todos desejamos ter mais tempo. Mas quando o obtemos, preenchemos esse tempo com mais atividades fúteis e voltamos a recriminar-nos por não ter mais tempo livre. “Presos por ter cão e por não ter”, como se diz na gíria popular. A realidade é que nós, seres humanos, pelo nossos instinto de sobrevivência estar sempre alerta, estamos sempre com um pé no futuro, à espera do que poderá acontecer. Isso gera ansiedade. O que nos faz obcecar precisamente com tudo aquilo que não temos e com aquilo que já temos e que poderíamos ter mais, até à exaustão. O dilema do tempo é eterno, porque nunca vamos ter o suficiente. Nem sequer sabemos quanto tempo nos resta. O relógio não para. Esta corrida desenfreada que travamos em busca de mais tempo é injustificável, porque podemos perder todo o tempo que temos nessa corrida. Quero concluir com isto. Usa a gestão de tempo, não para teres mais tempo, mas para apreciares e valorizares todo o tempo que tens e tudo aquilo que fazes com ele. É o único e mais escasso recurso que não temos forma de medir quando termina. Aproveita-o.

Gladiador, permanece firme nesta batalha. És tu contra tu, não tu contra o tempo. Usa-o, não o desafies. Porque ele é invencível, eterno e infinito. Tira o maior proveito dele para travares as tuas batalhas a mostrares a todos com quem te cruzes o quão valioso ele é!

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Daniel Covas
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Written by Daniel Covas

Mental Coach, Behaviour Analyst, Digital Strategist. Beat the Mind Founder. https://www.instagram.com/danny_covas/

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