Expoente Máximo

Daniel Covas
5 min readDec 12, 2022

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Hoje, para darmos continuidade ao processo deste novo ano, quero trazer um tema de maximização. Escrever um pouco, não de potencial e sim do que é atingir o nosso nível máximo num determinado campo da vida. O que é o nosso expoente máximo?

· Até onde pode ir o nosso sonho?

· O que nos limita?

· O que é demasiado?

O limite do sonho

O nosso sonho não tem de ter necessariamente um limite. Porque devia? Tudo aquilo a que nos propomos, tudo aquilo que imaginamos, é alcançável, numa primeira instância. Claro que, ao longo do caminho, existem coisas que descobrimos que nos podem até impedir, de alguma forma. Antes de estar a falar disso, comecemos pelo início. O sonho começa na cabeça. E na cabeça, tudo é concebível. Tudo é imaginável. Tudo é possível.

A partir daí, começamos a trabalhar na construção desse mesmo sonho. Ao longo do tempo, encontramos obstáculos que nos vão permitir crescer. A ultrapassagem destes obstáculos é o que nos começa a diferenciar de quem está a percorrer o mesmo caminho e que se fica pelo caminho, sem ultrapassar esses obstáculos. No entanto, a nossa responsabilidade é o nosso caminho. É esse que os nossos passos vão definir. Ainda assim, o que fazemos, pode inspirar quem caminha uma estrada semelhante. Olhar com inspiração, com vontade de modelar quem está mais à frente, usar tudo o que está à nossa volta para acelerar a concretização do nosso sonho.

Eventualmente, atingimos um patamar relativamente elevado dentro da àrea em que estamos focados. A principal questão que vai mover esta publicação é realmente “Quando sei que atingi o meu máximo?”

Um exemplo prático: Eu, neste momento, com 25 anos. Ao começar neste momento a dedicar-me ao futebol profissional, seria impensável almejar o nível do Cristiano Ronaldo. Não por não ser bom o suficiente. O que ia limitar esse sonho, seria a minha capacidade física, ao nível do tempo necessário para atingir esse patamar, de forma rentável. No entanto, como em qualquer área, existem exceções à regra. Tal como o Cristiano Ronaldo, uma dedicação obsessiva, desde muito cedo, com um desejo inabalável e um sonho ardente, o nível atingido será sempre superior a todos aqueles que coloquem o mesmo trabalho, simplesmente porque ele começou mais cedo e continua a fazê-lo, todos os dias.

O que nos limita?

Acredito que saibam e estejam mais que à espera de qual é a única resposta a esta questão. Claro, nós somos o nosso próprio limite. Fora aqueles fatores não controláveis, como o tempo, a capacidade física máxima dentro do tempo que desejaríamos, e por aí, como referi no exemplo acima, nada do resto que possa surgir é um limite. Por norma, será uma desculpa. Aquele sentimento de não ser capaz. De acharmos que não é para nós. Tudo o que surja, é realmente uma desculpa. Lembrem-se que estou a partir do pressuposto que estão a seguir o vosso sonho. Portanto, quando digo que, por exemplo, achamos que não é para nós, já não falo do sentimento de não estarmos alinhados com o nosso propósito e com algo que queremos fazer o resto da vida. Falo sim de perseguirmos o nosso sonho e pelo meio, olhamos para o que pode vir a seguir e começamos a sentir que não é para nós. O que se pode traduzir em medo da grandeza, medo do sucesso, medo de não ser aceite, medo de não merecer… O que seja. Porém, esse medo é nada mais que uma mensagem de que temos de trabalhar mais e melhor para enfrentar o que vem aí. E claro, é uma prova de que somos nós que nos estamos a limitar.

Photo by Jason Abdilla on Unsplash

O que é demasiado?

Terminado o tema dos limites e do quão grande o nosso sonho pode ser e até onde deve ir, vamos focar-nos agora, mais uma vez pegando nos exemplos de grandeza que conhecemos, olhando para para esta pergunta. Quando é que o nosso sonho se torna demasiado? Demasiado grande? Demasiado ambicioso? Demasiado audaz? Demasiado desafiador? Tantas vezes nos dizem (até nós próprios dizemos) “Isso é demasiado para ti”; “Não queiras algo tão grande”; “Não sonhes tão alto”… E outro sem fim de expressões. E, afinal de contas, o que define algo demasiado grande, demasiado alto, simplesmente demasiado? É demasiado comparado com o quê? Com aquilo que se conhece? E se estivermos a querer fazer algo que ainda não existe, algo novo, algo que não se conhece ou existe?

Demasiado só é válido em duas ocasiões: Quando comparado com outra coisa ou quando estamos a fazer algo que coloca o nosso bem-estar ou o de terceiros em risco. Para além disso, demasiado não será demasiado se estivermos a lutar pelo nosso sonho. Somos nós quem decide o que é o nosso demasiado. Somos nós que sabemos e sentimos quando estamos a dar tudo o que temos ou se estamos a deixar algo na mesa. O nosso instinto, lá no fundo, sabe precisamente o quanto estamos a fazer. O quanto estamos a dar.

E quando estivermos realmente a dar demasiado, ele vai dizer-nos para descansar. Até lá, temos muito que fazer. Não acreditem na maior parte daquilo que vos dizem. Nem nós próprios nos conhecemos a 100%, porque iria outra pessoa conhecer os limites das nossas forças melhor que nós?

Quero deixar-vos o final deste post com aquilo que será o final de todos os posts daqui para a frente, ao longo do ano, para vos lembrar continuamente: Tu és o que tu quiseres ser. Só tu és tu, e esse é o teu super-poder. Cabe-te a ti guardá-lo ou usá-lo.

Gladiadores, este ano promete o mesmo que qualquer outro antes dele e o mesmo que qualquer outro depois: absolutamente nada. Não é o ano, não é o mês, não é a semana, não é o dia, não é a hora, não é o minuto, não é o segundo que define a nossa vida. Somos nós. É cada um de vocês. Vou manter esta linha de pensamento nos posts ao longo do ano e continuar a criar e a entregar-vos conteúdo para que, de alguma forma, vocês consigam pegar nisto e alterar algo. O vosso estado. A vossa condição. As vossas circunstâncias. O mundo atual dá-nos oportunidades a todos os níveis para sermos muito bons em praticamente tudo. E estimula-nos, ao mesmo tempo, a querer tudo “para ontem” e de mão beijada. Um paradoxo contra o qual temos de lutar diariamente. O que se constrói rápido perde-se mais depressa. O que se constrói a um ritmo firme não só vale a pena como também tem uma base para durar gerações. Um legado desenvolve-se assim. Deixem cá algo que possa viver depois da vossa vida e que carregue a vossa essência por gerações e gerações.

Eu vs EU. Que ganhe o melhor. Vão vencer!

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Daniel Covas
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Written by Daniel Covas

Mental Coach, Behaviour Analyst, Digital Strategist. Beat the Mind Founder. https://www.instagram.com/danny_covas/

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