Ativação de Ano Novo
O fecho do velho, a abertura do novo
Este ano adotei a abordagem de aproveitar ao máximo a época natalícia fora do mundo tecnológico. De forma a tornar a presença plena como o melhor presente. Para mim próprio e para a família que esteve comigo. Assim, em primeiro lugar, desejo e espero que a vossa quadra tenha sido vivida de forma plena, presente, harmoniosa, iluminada e sobretudo cheia de amor.
Agora, o que quero deixar aqui a nível de mensagem, é mais do que uma questão de presentes. De Natal. De Ano Novo. É sobre soltar o velho e abraçar o novo (deixo uma sugestão de meditação com o nome). Quero realmente criar aqui uma espécie de impacto através das minhas palavras, sobre esta questão de fechar mais um ciclo de 365 dias e abrir este de 366.
Fechar o velho
Ao chegar ao final de um ciclo (neste caso, considerando o ciclo o ano de 2023), convém e é praticamente um dever nosso fazer uma reflexão. Reflexão essa que deve ser proveniente da perspetiva presente de vida e não da perspetiva passada. O que fizemos ao longo do nosso ano, seja qual tenha sido o ponto de vista que nos levou a fazer aquilo que fizemos, passou. Porque tudo aquilo que fazemos, vai transformar-nos, alterar-nos, mudar-nos. Um pouco ou muito, dependo do tamanho e sentimento que tivermos presente no momento em que fazemos e no momento em que obtemos o resultado das nossas ações.
Para fechar o velho, efetivamente temos de olhar, mais do que para os resultados, para as ações que nos levaram a eles. Podemos colher aprendizagens de cada detalhe, sejam pormenores do processo de ação ou da avaliação dos resultados obtidos.
Para encerrar de forma efetiva um ciclo, temos de saber concluir aquilo que fizemos, um pouco como colocar um selo numa carta, antes de a enviarmos. Aquele simbolismo final, que representa este momento de transição entre o velho e o novo. Para uns, pode ser precisamente pegar numa folha, escrever o que correu bem, o que não. O que levou a cada um desses resultados. Para outros, pode ser necessário um momento de desligamento. De desconexão com aquilo que já foi e abrir o espaço em que aquilo que aconteceu está, de forma a estar limpo e preparado para receber aquilo que vem aí. Outras pessoas ainda podem ter a necessidade, pela razão que for, de se comprometerem com outro alguém, de forma a usarem isso como força impulsionadora para terem um sentimento de responsabilidade acrescida.
Cada pessoa, dependendo da forma própria como lida com a vida, como olha para as circunstâncias, para os detalhes, como age, como aprende. O que significa que não há formas certas ou erradas de fazer este fecho de ciclo. Há simplesmente o fechar do velho. O que nos leva ao abraço do que queremos: o novo.
Abraçar o novo
Por novo diga-se, de alguma forma, desconhecido. Tudo o que é novo acarreta consigo também esta característica de imprevisibilidade. De incógnito. Novamente, não é mau nem bom. É aquilo que é. Por norma, o desconhecido tem até mais de bom do que de mau, porque no mínimo nos desafiou a enfrentar ou aceitar algo novo. Isso só por si, já é uma vitória.
Falando em vitória, poucas coisas existem para nos impulsionar rumo a algo novo como o faz a vontade de vencer. Especialmente, claro, quando olhamos para o novo como uma renovação, uma atitude de frescura face a algo que já fazemos. Podemos abraçar o novo, ainda que seja desconhecido, com este mesmo espírito de domínio e conquista. Sim, certamente não nos sairemos tão bem como num assunto que faça previamente parte do nosso leque de habilidades. Contudo, assumir o que vem com uma perspetiva de vitória vai certamente dar-nos um estado de espírito diferente para encarar o que quer que seja que possamos obter como resultado.
Resoluções
É curioso o quanto as tão famosas “resoluções” de ano novo nos afetam, dentro do prisma psicológico. O efeito que o passar de mais um dia tem em nós, simplesmente porque viramos mais um ano no calendário. Tem tanto de simples como de complexo, aparentemente. Porque, de forma inerente ao ser humano, somos movidos por alguma coisa. Palavras como “motivação”; “propósito” e outras do género, que de tanto andarem na moda perderam o valor e tornaram-se tão banais, que são já clichés e até ligeiramente repugnantes, de tanto que já as ouvimos, em tantos contextos e significados diferentes.
A vida humana é uma dança balanceada entre caos e ordem. Entre planeamento e execução. Rigidez e flexibilidade. Precisamos de algum tipo de estrutura para viver a nossa vida. Algo a que almejar, a que chamamos normal e correntemente de objetivos. Fazer este balanço, esta reflexão de final de ano é aconselhável. É também aconselhável a que não seja a única altura em que avaliamos a nossa vida, porque os nossos objetivos precisam ser medidos em períodos mais curtos, devidamente avaliados através dos passos que damos, para garantir que estamos a encaminhar-nos da melhor forma, para alcançar esse resultado a que apontamos.
Estas metas que estabelecemos são o que nos dá algum tipo de rumo à vida. Sem este tipo de conceitos presentes, andamos à deriva na vida. Quem deriva, não chega normalmente a lado algum, porque nem sabe que caminho seguir, para começar.
Mais do que largar o velho, abraçar o novo e fazer estas resoluções de passagem de ano, importa sempre a mesma coisa: o EU. O nosso estado mental, emocional, físico e espiritual. O nosso estado de presença. O que estamos a fazer e para onde isso nos está a levar. A mensagem desta publicação, como todas as outras até aqui e todas as outras daqui em diante, manter-se-ão nestas linhas, de empoderar a individualidade de cada um que leia estas palavras. De forma a que possamos ativar aquilo que nós somos e libertar toda a força e energia que temos dentro, com o potencial de criação da vida que realmente apontamos a ter, dentro das condições e recursos que dispomos e vamos conhecendo ao longo do tempo.
Já tiraste um tempo para refletir sobre 2023, preparar a entrada em 2024 e começar já hoje o teu próprio novo EU?