A Jornada
Agora que tudo é relativamente claro, está na hora de começar. Começar pelo quê? Por onde? No início de qualquer jornada, sentimo-nos sempre um pouco perdidos. Isso acontece apenas por um motivo: Ainda não traçámos o caminho, não decidimos para onde queremos ir. Portanto, esse é o único ponto de partida que existe: definir o destino. Não importa qual seja. Importa existir e ser claro. Uma jornada, por maior que seja, começa com o primeiro passo, independentemente do caminho.
Falando da minha própria experiência, a minha jornada começou há algum tempo atrás, por volta de 2010. Com uma decisão. Após essa decisão, defini um caminho. E é esse caminho que tenho vindo a percorrer e faço intenções de continuar para o resto da minha vida, porque é aquilo que faz sentido para mim. Eu decidi que não ia ser mais o “coitadinho” da minha vida. Ia deixar de ser o personagem secundário de uma história que era a minha. Com isto, defini o meu caminho: Tornar-me na minha melhor versão, com base nas minhas crenças e valores, para entregar tudo aquilo que quero às pessoas à minha volta, que tanto já fizeram por mim. Porque decidi isso e defini este caminho? Simples, porque acredito que não sou o único que passou pelo tipo de experiências que passei e acredito também que existem mais pessoas no mundo a sentir exatamente aquilo que eu já senti. Sei que a minha história, a minha verdade, a minha experiência e a minha superação podem fazer a diferença para essas pessoas em especial e para tantas outras que se possam identificar com a minha mensagem ou partes dela.
Assim começou a minha jornada. Com esta base, este fundamento. E tenho percorrido um caminho que sei que está muito longe de terminar sequer. A jornada é isto. Simples. Não fácil, sim simples. Perceber o propósito por detrás daquilo que queremos, para sustentar a nossa decisão e definir o destino que queremos atingir. Aí a nossa jornada começa, com as pequenas decisões tomadas, as pequenas ações diárias…
Na realidade, o caminho começa após a decisão. Todos os dias são uma batalha que nos coloca um passo mais perto de vencer a guerra contra a nossa mente e dominar tudo aquilo que pretendemos da vida.
“Protegido da noite que me encobre,
Escura como o vão entre os mastros,
Eu agradeço a quaisquer deuses que acaso existam
Pela minha alma inconquistável.Nas garras das circunstâncias,
Não estremeci ou chorei em voz alta.
Sob os golpes do acaso
Minha cabeça sangra, mas não se curva.Além deste lugar de ira e lágrimas,
Agiganta-se o horror das sombras,
E, ainda assim, a ameaça dos anos
Encontra-me, e encontrar-me-á, sem medo.Não importa quão estreito seja o portão,
Quão cheio de punições o pergaminho,
Eu sou o mestre do meu destino,
Eu sou o capitão da minha alma.”